Críticas furadas (ou não), filmes bons e ruins, opiniões, criações, pensamentos, enfim...um lugar de expressões criadas entre paredes roxas.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Descoberta: Dinheiro x Felicidade
Descobri que eu consigo resistir à perda de um grande amor, o maior que já houve na minha vida. Vi que as pessoas mudam da água pro vinho quando menos esperamos e quando mais precisamos delas. Infelizmente, sempre aquelas pessoas mais queridas e que passaram com mais intensidade pela vida, são as que decepcionam mais dolorosamente. Mas tudo bem. Ás vezes a gente precisa levar certos tombos para aprender a viver.
Comecei a sentir uma vontade tão grande de fazer as coisas acontecerem. É tão legal ter histórias que deixam as pessoas de boca aberta, ou traz comentários inesperados, como o que eu ouvi alguns dias atrás: "- Nossa, Jú, só você mesmo pra sair em plena quarta-feira, beber e ainda se dar muuuuito bem!" .
Percebi também que ás vezes não vale muito a pena tentar ser amigável, e mudei alguns valores na minha vida. Vou tentar começar a viver intensamente nesta fase pós-namoro. Já chorei o suficiente em função disso, e é aquela história, né...homem nenhum merece as lágrimas de uma mulher. Heheheh.
Enfim. A coisa mais importante que descobri é o que eu quero ser quando eu crescer.
Por muitos anos eu insisti em fazer faculdade de algo que eu não gostasse (engenharia) para no final, ganhar dinheiro, e vi que as coisas não são bem assim. Estudar por cinco longos anos uma coisa que eu não tenho afinidade nenhuma, sou ruim e não tenho vontade de aprender para depois torrar o meu dinheiro com tecnologia, roupas, casa boa e bonita, empregada e... e... sei lá mais o quê? Meus valores, críticas e gostos mesmo seriam todos jogados no lixo.
1º: odeio shopping
2º: odeio tecnologia
3º: odeio casa moderna
Então nesse caso, pesa mais na balança ser feliz, ok? Porque a minha felicidade está em outra fonte. Claro, que sofrer por dinheiro é a pior coisa do mundo, mas fazer exatas não é garantia de rios de dinheiro, e humanas não é garantia de pobreza, então veremos no que dá.
Enfim, o melhor de tudo foi descobrir que se eu passasse no vestibular ano passado, minha vida seria um erro, e dos feios. Isso me consola um pouco do fato de ter amigas que estudaram comigo e já estão no seu 2º/3º ano de facul. Esse ano vou me esforçar pra conseguir o que eu quero e quem sabe até morar em outra cidade, em uma república estudantil. Vale o sacrifício de ficar longe dos pais e fazer todo o trabalho por ser bixo (nossa, isso me soa MUITO ruim), mas é bom pensar em tudo como uma experiência a mais e uma lição de vida.
Irei me livrar de toda e qualquer conta e prestar para letras. Tudo a minha volta tem a ver com LETRAS. A propósito, lembro quando eu comecei a ter aulas de inglês na escola, que eu dizia que queria fazer "faculdade de inglês". Comecei a tomar gosto pela leitura, gosto de uma boa comunicação, amo todo e qualquer tipo de artes, cinema é a minha maior paixão...logo, vou fazer uma faculdade que sei que não vou pensar seriamente em parar na metade e que se eu tiver um pouco de sorte, ainda me dou bem ao terminá-la.
Nada melhor do que descobrir o caminho certo.
Playing: The Haunting (Somewhere in time) - Kamelot
terça-feira, 11 de maio de 2010
Não gosto de cachorros!
Toda semana, meu pai vai para a casa em construção em Ribeirão Pires, para ver se está tudo nos conformes.
Certo dia, ele chegou em casa falando de duas cachorrinhas que estavam abandonadas lá na porta, dentro de uma caixa de madeira, daquelas que se encontra nas feiras, e dentro da caixa, havia um pano branquíssimo e duas cachorrinhas vira-latas, mas com coleirinhas vermelhas.
Ele, que não liga nem um pouco pra animais, entrou e foi cuidar de coisas "mais importantes", mas elas foram atrás dele, pulando na sua perna, querendo atenção (e comida também). E sim, elas conseguiram o sensibilizar. Até conseguiram arrancar o lanche que ele tinha levado para comer.
Ele disse que elas avançaram na comida e até brigaram um pouquinho.
No outro dia eu, que já estava cheio de afazeres, madruguei e fui até Ribeirão. Peguei trem, andei 2,2 km para chegar na casa. E eu nem imaginava que era tão longe. No meio do caminho, parei em um mercadinho e comprei ração para elas.
Cheguei na casa e fui entrando desconfiada, fazendo barulho e esperando latidos altos no meu ouvido, mas não ouvi nada. A casa estava completamente vazia. Só havia fezes de cachorro no chão.
Fui até a rua, olhei para um lado e para outro. Até que eu vi que duas casas depois da minha estava em reforma, e havia duas cachorrinhas lindas pedindo a atenção do pedreiro que estava trabalhando. Eu sabia que era elas. As características batiam com tudo o que o meu pai tinha falado.
Chamei e elas vieram correndo, pulando na minha perna, não desgrudavam.
Subi as escadas e fui até o meu futuro quarto. Abri o pacote de raçaõ (e sim, foi a primeira vez que eu abri um pacote de ração na minha vida, e é muito difícil, diga-se de passagem) e coloquei em uma vasilha que eu tinha levado.
Elas avançaram na vasilha, que ficou pequena, como se estivessem sem comer há meses. Começaram a brigar e eu coloquei a ração em lugares separados.
Comeram, beberam água, brincaram com a bolinha que eu levei e me conquistaram completamente. Quando eu abaixava, elas vinham e deitavam no meu colo, ou então encostavam a cabecinha na minha perna. Não tinham pulgas, não cheiravam mal, eram hiper dóceis, e se eu pegava uma no colo, a outra fazia aquele barulhinho de choro e ficava olhando pra minha cara.
Acho que isso é o bastante pra amolecer qualquer coração. (kkkkkkkkk).
Desci as escadas e por um motivo que eu não entendi direito, elas ficaram. Depois, meu pai disse que era porque elas tinham um pouco de medo de descer.
Aproveitei que elas ficaram e fui rapidinho embora. E imediatamente, fui de estabelecimento a estabelecimento perguntando se na cidade havia algum lugar para doação de cachorrinhos, e acabei achando. É um lugar que vende só coisas para cachorro. Lá eles deixam filhotes expostos para doação, mas já tava cheio. O homem disse para eu ir ligando pra saber se já tem lugar, mas da última vez que eu liguei, nenhum dos filhotes tinham diso adotados ainda! =/
Agora elas estão lá, abandonadinhas e eu aqui, morreeendo de dó.
As cachorrinhas são estas:
Engraçado, que a com cara de mais brava (esquerda), é o ser mais dócil do mundo.
Bom, é isso. Infelizmente não posso ficar com elas, mas se alguém puder, se manifeste, por favor.
Playing: Alma Nova - Zeca Baleiro
sexta-feira, 7 de maio de 2010
...E no dia do rock, algo mudou...
Estava me lembrando que o Queen foi a banda piloto para o meu (ao meu ver, claro), bom gosto musical.
Eu era uma menininha normal de 13 anos, que gostava de rosa, coisas teen, roupas coloridas, tentava dar o meu máximo de garota patty anti-meninos.
Todos os sábados passava um programa dos 10 melhores clipes da semana, e eu gravava todos em uma fita K7, e assim ia fazendo a minha videoteca de clipes naquele tempo atuais. Para mim era o maior passatempo da semana assistir a todos os clipes cantando as músicas de pessoas que hoje em dia eu não me sinto nem um pouco a vontade de citar nomes. Eu assistia o programa no horário em que passava e gravava ao mesmo tempo, ou seja, cada clipe eu via milhares de vezes.
Um dia, a TV do meu quarto quebrou e eu não pude assistir. Era 12 de julho de 2003.
Fui até a sala e pedi para a minha mãe deixar eu assistir, mas ela disse que era o último capítulo da novela do momento, e como eu já estava gravando, não, ela não ia deixar! Voltei para o meu quarto com aquele sentimento de "podia estar fazendo algo legal, maaaasss...".
No primeiro comercial da novela, fui eu até a sala e coloquei no programa, só pela curiosidade de saber qual clipe estava passando, e me deparei com o show de um homem de bigode farto e preto, um guitarrista com um cabelo bizarro, um bateirista lindo, loiro e de muita atitude, e um baixista igual a qualquer homem de uns 35 anos que trombamos na rua.
Na hora fiz uma cara de desprezo e parei de gravar e deixei minha mãe continuar acompanhando a novela.
No comercial seguinte, voltei a colocar no programa pra saber se aquela banda já tinha parado de tocar, quando meu pai, que tinha chegado há pouco tempo fala: - Nossa, o Queen...faz tanto tempo que eu não ouço.
Eu já tinha percebido que a imagem do show não tinha menos de 10 ou 15 anos. Logo não achei etranha a empolgação do meu pai diante da televisão.
Eu disse: - Sei lá, eu queria gravar clipes, mas isso não acaba mais. Acho que vai durar o programa inteiro.
Meu pai, com aquela cara de reprovação falou: - Não, continua gravando, depois eu assito. o Queen é uma das melhores bandas que já existiu! A voz do Freddie Mercury não se compara a voz de ninguém e blábláblá.
Continuei gravando, e dias depois, quando estávamos sem nada pra fazer, ele pediu para colocar no show, pois ele queria assistir. Coloquei a fita no vídeo, virei para as costas do sofá e tirei um cochilo. O motivo por passar o show inteiro no programa ao invés de clipes, era em comemoração ao dia do rock, que seria no domingo.
Enquanto meu pai assistia, comentava sobre o que cada musica o fazia lembrar. Disse que We Are The Champions tocava em toda formatura que ele fotografava e que We Will Rock You era praticamente o hino do rock.
Certo dia, resolvi colocar o show, por falta de ter o que assistir. Vi o show inteiro e me arrependi drasticamente por aquela parte que eu deixei de gravar.
Dias depois, assisti denovo, e denovo, e denovo. Quando me dei conta, eu já havia decorado todas as músicas, olhava com os olhos brilhando para o Brian May, tentava me lembrar de alguém com mais presença de palco que o Freddie, mas não achava, queria cd's, vídeos, revistas, camisetas, enfim...virei uma fã incondicional. E isso já dura 7 anos.
Certo dia, acordei péssima. Chorava muito, muito mesmo. Minha mãe me perguntou o porquê do choro, e eu disse que estava chorando pela morte do Freddie, pelo mundo ter perdido algo tão valioso na música, pela injustiça de Deus por ter levado (sim, agora eu sei que querendo ou não, ele procurou a sua própria morte), e assim foi. Fiquei deprimida durante dias, e me dei conta que eu gostava mais da banda do que eu mesma imaginava gostar.
Espero ficar idosa, morrer de velhice e cansaço e em algum estágio do meu funeral começas a tocar "Who Wants To Live Forever". Involuntariamente vai aparecer um soriso no meu rosto. Certeza.
Playing: I want to break free - Queen
quarta-feira, 5 de maio de 2010
# FILME: Amor Sem Escalas (Spoilers)
Ryan Bingham (George Clooney) tem por função demitir pessoas. Por estar acostumado com o desespero e a angústia alheios, ele mesmo se tornou uma pessoa fria. Além disto, Ryan adora seu trabalho. Ele sempre usa um terno e carrega uma maleta, viajando para diversos cantos do país. Até que seu chefe contrata a arrogante Natalie Keener (Anna Kendrick), que desenvolveu um sistema de videoconferência onde as pessoas poderão ser demitidas sem que seja necessário deixar o escritório. Este sistema, caso seja implementado, põe em risco o emprego de Ryan. Ele passa então a tentar convencê-la do erro que é sua implementação, viajando com Anna para mostrar a realidade de seu trabalho.
Então ele conhece Alex, se apaixona, a leva para o casamento de sua irmã, e então cada um tem que seguir o seu rumo. Quando Ryan está voltando para a casa com Natalie, ele muda de idéia e vai atrás de Alex, e chegando à sua casa, descobre que ela tem marido e filhos. Em uma outra oportunidade, ela tenta se explicar que aquele momento em que ele bateu a porta dela, ele podia ter arruinado sua vida, então ele termina sem ninguém.
Pouco para falar sobre o filme, pois o roteiro não me prendeu. Dá para se pensar um pouco sobre a solidão e a ausência de um lar e uma família estável.
Porém, um fator que merece nota 10 é sua trilha sonora, com músicas leves e gostosas de se ouvir.
Playing: Power and Majesty - Edguy
terça-feira, 4 de maio de 2010
# FILME: Alice no País das Maravilhas (Spoilers)
Alice (Mia Wasikowska) é uma jovem de 19 anos que passa a seguir um coelho branco apressado, que sempre olha no relógio. Ela entra em um buraco que a leva ao País das Maravilhas, um local onde esteve há dez anos apesar de nada se lembrar dele. Lá ela é recepcionada pelo Chapeleiro Maluco (Johnny Depp) e passa a lidar com seres fantásticos e mágicos, além da ira da poderosa Rainha de Copas (Helena Bonham Carter).
A Rainha de Copas odeia a sua irmã, a Rainha Branca, onde, no decorrer do filme, Alica acaba conhecendo. A Rainha lhe diz que Alice terá que lutar com um grande ser do mau, pertencente à Rainha de Copas, e a desafia a matá-lo no dia chamado "Glorian Day". Com o mosntro morto, o País das Maravilhas estará livre das maldades da Rainha de Copas. Este dia chega, e se trava uma batalha contra o exército de Copas, onde Alice consegue finalmente arrancar a cabeça do monstro, e a Rainha Branca exige a prisão de sua irmã. Alice toma o sangue do mosntro para poder voltar para a vida real, e decide não se casar mais e fazer negócios com aquele que seria o seu sogro.
Assim como em muitos filmes, eu tinha uma noção um pouco diferente e até esperava bem mais de Alice, afinal de contas, a propaganda sobre o filme foi muito tentadora. Jamais esperaremos pouco de um filme onde Tim Burton, Johnny Depp e Helena Bonham Carter trabalham juntos, uma das primeiras animaões da Disney em 3D, roupas, acessórios, materiais surgindo com o tema...
A segunda metade do filme sai completamente do roteiro do primeiro, onde aparecem alguns personagens como a Rainha Branca. Tim Burton adiciona várias pitadas de ação e faz de Alice uma jovem heroína, salvando a sua terra. Mas estes fatores não desqualificam a história em si do filme. Mesmo não seguindo o clássico, o roteiro não deixa de ser interessante e cativador.
Os efeitos especiais são fantásticos (ainda mais quando assistido em 3D), com cenas extremamente coloridas, natureza surreal, um ambiente mágico, e o detalhe da cabeça da Rainha de Copas merece uma certa atenção no quesito efeitos especiais.
A aturação de Johnny Depp não é uma das melhores, mas mesmo que não houvesse essa união Tim/Depp, não existiria pessoa melhor para personificar O Chapeleiro (assim como Willy Wonka), um ser esquisofrênico, de língua presa e bom coração.
O final do filme, onde Alice fala com cada pessoa separadamente e depois faz a dança maluca do Chapeleiro, eu achei totalmente tosco e desnecessário. Acho que deu um down em toda a história mágica. Não sei, apenas não gostei.
Talvez estamos acostumados a esperar muito de Tim Burton (não que ele tenha realmente decepcionado em algum filme), mas talvez pela propaganda que seus filmes têm, vamos ao cinema esperando um espetáculo e quando vemos apenas um filme ficamos um pouco decepcionados.
Playing: Everybody's gotta learn sometimes - Beck
segunda-feira, 3 de maio de 2010
# FILME: A Era do Gelo 3 (Spoilers)
Manny (Ray Romano) e Ellie (Queen Latifah) estão à espera de seu primeiro filho. Sid (John Leguizamo) encontra alguns ovos de dinossauro, o que faz com que passe a ter sua própria família adotiva. Só que o roubo faz com que se meta em apuros, com a mãe tiranossauro vindo atrás de seus rebentos. Ela leva os três filhotes e ainda Sid para um mundo subterrâneo, onde os dinossauros ainda existem, o que obriga Manny, Ellie e Diego (Denis Leary) a irem em sua busca para resgatá-lo.
Por fim...a mamãe dinossauro se simpatiza com Sid, Manny, Ellei e Diego (e od dois gambás que acompanham Ellie desde o 2º filme) conseguem resgatar Sid, e no final, os mamutes ganham uma linda mamutezinha.
Há quem tenha gostado muito do filme, mas na minha opinião, tem certos longas que devem parar no primeiro, ou com muita insistência no segundo.
A Era do Gelo 3 não tem tanto humor quanto nos anteriores e centenas de personagens desnecessários.
É interessante o conceito "família" que o filme prega, mas dos três, este é o menos cativante.
Playing: La Bella Durmiente - Bach
#FILME: Última Parada - 174 (Spoilers)
Rio de Janeiro, 1983. Marisa (Cris Vianna) amamenta o pequeno Alessandro (Marcello Melo Jr.), em sua casa na favela. Viciada em drogas, assiste impotente seu filho ser retirado de suas mãos pelo chefe do tráfico local, devido à uma dívida não paga. Dez anos depois Sandro (Michel Gomes), filho único, vê sua mãe ser morta por dois ladrões. Apesar de ficar sob os cuidados da tia, ele decide fugir e passa a conviver com um grupo de garotos que dorme na igreja da Candelária, onde tem acesso ao mundo das drogas. Apesar de não saber ler ou escrever, Sandro sonha em ser um famoso compositor de rap. Para tanto ele espera a ajuda de Walquíria (Anna Cotrim), que realiza um trabalho voluntário junto a meninos de rua. Só que Sandro testemunha mais uma tragédia, a chacina da Candelária, onde 8 meninos de rua foram mortos pela polícia. Este evento aproxima Sandro e Alessandro, que passam a ter um forte convívio.
Continuando...Marisa acha que o filho é Sandro, mas é Alexandre. Ela começa a viver junto com o pastor de sua igreja, e enquanto isso passa seus dias procurando por seu suposto filho. Sandro se marginaliza ainda mais e vai para a cadeia. Lá Marisa consegue achá-lo. Os garotos fogem da cadeia, e Sandro e Alexandre começam a fazer do roubo uma rotina. Mas em um assalto onde uma mulher não consegue pegar a bolsa que caiu no carro, Alê pede pra Sandro atirar nela e ele não consegue, então ele mesmo o faz. Alê se dá conta de que não dá certo trabalhar com Sandro. Este, por sua vez, procura por Marisa e por sua antiga namorada, que era garota de programa. O pastor não gosta de vê-lo morando na casa e o filme vai se desenrolando. Por final, ele vai na casa de sua namorada e a vê com Alê. Em um ataque de fúria ele bate nos dois, vai para a rua, rouba a cola de um garoto de rua e cheira. Então ele entra em um ônibus e resolve assaltar. E o final da história todo brasileiro acompanhou em tempo real no dia do acontecimento.
Este filme me forçou a pensar: Vítimas da sociedade são um fato ou algo que as pessoas inventaram?
Este filme, como já estamos acostumados a pensar quando se trata de filme brasileiro, sim, é recheado de palavrões, de gente de baixa renda, de favela, de tráfico de drogas, de crianças de rua, etc.
Quando eu assisti, esperava mais ênfase para o fato do sequestro do ônibus, mas quando a cena realmente passa, percebe-se que foi feito em tempo suficiente (20 minutos finais do filme).
A fotografia é muito boa, e o roteiro também não deixa a desejar, apesar de assistirmos anciosos para a chegada dele ao ônibus.
muitas cenas podem até chocar quem assistiu a poucos filmes brasileiros de violência, como quando Alê e Sandro estão de motos assaltando os carros e Alê atira em uma mulher aflita por não encontrar a sua bolsa. Ou até, o humor incontido da garota que escreve com o batom no ônibus, que tenta negociar estranhamente com Sandro.
Para quem odeia filmes do tradicional "jeitinho brasileiro", o filme pode ser um pé no saco a mais, mas para quem se importa mais com outras coisas do que com palavrões, o filme pode ser interessante.
Playing: Roses To No One - Edguy
Café...
Enfim...neste fotolog tinha uma foto que me chamou muito a atenção, e me fez decidir que um dos objetivos desse ano é ir ao Starbucks.
Playing: Gita - Raul Seixas
sexta-feira, 30 de abril de 2010
#FILME: O Menino do Pijama Listrado (Spoilers)
Alemanha, 2ª Guerra Mundial. Bruno (Asa Butterfield), de 8 anos, é filho de um oficial nazista que assume um cargo em um campo de concentração. Isto faz com que sua família deixe Berlim e se mude para uma área desolada, onde não há muito o que fazer para uma criança de sua idade. Ao explorar o local ele conhece Shmuel (Jack Scanlon), um garoto aproximadamente de sua idade que sempre está com um pijama listrado e do outro lado de uma cerca eletrificada. Bruno passa a visitá-lo frequentemente, surgindo entre eles uma amizade.
Shmuel faz um pequeno trabalho na casa de Bruno, onde ele lhe dá comida, como sempre fazia quando se encontravam um em cada lado da cerca. Porém, um dos soldados do pai de Bruno chega e vê Shmuel com um pedaço de pão na mão, e por medo, Bruno diz que ele roubou.
Na próxima vez que se encontram no campo de concentração, Shmuel está com um olho machucado, em coseqüencia da mentira de Bruno, e como forma de se desculpar, Bruno propõe que ele ajude Shmuel a achar seu pai que tinha sumido dentro do campo. Shmuel empresta um "pijama" a Bruno e ele cava um buraco na terra e entra. Porém, aquele era o dia de exterminar os judeus para depois queimarem os seus corpos. A família percebe que o garoto sumiu e começam a procurá-lo por todas as partes, e simultaneamente, ele está entrando com os outros judeus na câmara de gás, totalmente desentendido do que se passa. Os soldados acham o burado que cavou e suas roupas perto da cerca, e constatam que quando os judeus foram mortos, ele estava no meio deles.
A obra-prima de 2009. Foi assim que o filme foi classificado por um crítico de cinema, e realmente não podiam ter classificado melhor.
Existem aos montes filmes que tratam da 2ª guerra mundial, holocausto, Hitler, judeus, etc, mas O Menino de Pijama é um filme comovente, trata este assunto com uma leveza sem deixar a violência (que é o principal fato do assunto) de fora do filme. Apesar de se passar aos olhos de uma criança, o filme em momento algum é fantasioso.
O final me lembrou vagamente o final de Hair, onde uma pessoa boa morre por tentar ajudar seu amigo.
A inocência das crianças é levada à tona a todo momento. Há uma parte em que Shmuel leva o "pijama" para Bruno e diz que tem um lugar que tem um monte de pijamas. Este lugar é mostrado em última cena, que na verdade é o local na frente da câmara, onde os judeus são obrigados a tirarem os seus pijamas e ficarem nus para entrarem.
Pode até ser meio clichê filmes em que assuntos sérios, graves ou violentos são tratados sob a visão de crianças, mas este é um tipo de filme que sempre será comovente, sempre nos deixará pensando sobre dias, revendo os valores da inocência, sempre nos dando aquela pontinha de vontade de esquecer tudo o que sabemos sobre coisas ruins e ficar na dúvida sobre o que acontece perto de nossas vidas.
Playing: You Learn - Alanis Morissette
#FILME: A Fita Branca (Spoilers)
1913. Em um vilarejo no norte da Alemanha vivem as crianças e adolescentes de um coral, dirigido por um professor primário (Christian Friedel). O estranho acidente com o médico (Rainer Bock), cujo cavalo tropeça em um arame afiado, faz com que uma busca pelo responsável seja realizada. Logo outros estranhos eventos ocorrem, levantando um clima de desconfiança geral.
Por final, constata-se que os culpados pelos acontecimentos eram o médico e sua mulher, que fugiram e nunca mais apareceram.
Belíssimo filme, mas por um momentos parece ser um filme "mais do mesmo", exceto pela característica marcante de ser em preto e branco.
É até um tanto quanto assustador ver o relacionamento de pais e filhos, pelo exesso de rigor na educação dada a eles, onde as crianças não podem se expressar, e vivem quase como seres irracionais.
Outro fato singular, mas que pode até passar despercebido, é o narrados ter uma voz velha, rouca e cansada, quando geralmente narradores têm voz de locutores de rádio
Violência implícita é o ponto chave do filme, uma vez que todos os acontecimentos giram em torno dela, de forma peturbadora para quem asssite.
O nome do filme é relacionado à uma fita branca em que o pai, professor de educação religiosa coloca no pulso das crianças para sempre se lembrarem de suas purezas.
Bom filme, mas por vezes um pouco monótono.
Playing: I can see clearly now - Jimmy Cliff
segunda-feira, 26 de abril de 2010
#FILME: Sim Senhor (Spoilers)
Após o convite de um amigo, Carl Allen (Jim Carrey) decide ir em um culto de auto-ajuda, que tem por base dizer sim a qualquer coisa que lhe aconteça ou ofereçam. Ao seguir este preceito a vida de Carl começa a mudar, fazendo com que seja promovido e conheça Allison (Zooey Deschanel), por quem se apaixona. Porém ao tentar aproveitar todas as oportunidades que lhe surgem Carl começa a notar que tudo que é em excesso pode também cansar.
Por fim, ele se decide que as vezes também é necessário dizer não, e fica com Allison.
Bom, filme...sem muito o que dizer sobre ele. Filme leve, com momentos engraçados, mas sem chegar a ser pastelão.
Playing: Eu preciso dizer que te amo - Cazuza
sábado, 24 de abril de 2010
#FILME: Menina má.com (Spoilers)
Hayley Stark (Ellen Page) é uma adolescente, que está conversando em um café com Jeff Kohlver (Patrick Wilson), um homem que conheceu pela internet. Jeff é um fotógrafo em torno de 30 anos, o que não a impede de sugerir que ambos fossem à casa dele. Lá Hayley encontra uma garrafa de vodka e começa a preparar alguns drinks, sugerindo em seguida uma sessão de fotos em que ela faria um strip-tease. Jeff se empolga com a idéia, mas logo sua visão fica embaçada e ele desmaia. Ao acordar ele está amarrado em uma cadeira e descobre que Hayley tinha colocado algo em sua bebida. Hayley começa a vasculhar a casa de Jeff, decidida a encontrar algo que o ligue a Dona Mauer, uma adolescente desaparecida há semanas. Mas caso não encontre alguma prova nem ele queira confessar, Hayley está decidida a usar outros meios para conseguir a informação que deseja.
Hayley tortura Jeff, simula uma circuncisão, joga alveijante em sua boca quando ele pede por socorro, faz uma pressão psicológica sem igual e por fim, chama sua namorada à casa e propõe que ele se mate enforcado e saia de vítima na história ou que ela tire a roupa e mostre quem ele realmente é, se fazendo de vítima desta vez. Então, ele escolhe se matar.
Pouco assitido, pouco comentado, pouco divulgado. Infelizmente existem muitos filmes bons na mesma situação. Um bom fator para a falta de sucesso de "Menina Má.com" pode ser justificado pelo título nada atraente. Impressão que se dissipa quando assistido, onde o espectador fica com aquele frio na barriga em imaginar a próxima cena ou acontecimento.
A princípio, o filme nos passa a impressão de que será mais um filme monótono, por ser encenado em sua grande parte por apenas dois personagens (Hayley e Jeff).
Seu jogo de câmeras ajuda muito na trama do filme, pois elas ocilam entre passadas rápidas da câmera ou cenas lentas, nas horas de mais tensão, mas sempre focada no rosto e na feição dos atores, o que exige mais domínio de emoções da parte deles. São raras as cenas em que aparecem mais de uma pessoa.
A atriz principal, sim, é a mesma de "Juno", pois em uma pesquisa sobre este filme, estava escrito que ela também havia protagonizado "Menina Má.com", e as críticas sobre este eram ótimas.
Por muitas vezes, o espectador não se dá conta de que lado ele está: do lado de Jeff, que fotografava pré adolescentes semi nuas, se aproveitando de sua profissão, ou de Hayley, que com sua tortura física e psicológica está fazendo justiça com as próprias mãos?
"Menina Má.com" mostra os dois lados sa moeda, faz quem assite refletir sobre os valores de cada personagem e mostra torturas sem apelar para imagens fortes.
Playing: Traveler in Time - Blind Guardian
terça-feira, 20 de abril de 2010
# FILME: Juno (Spoilers)
Juno MacGuff (Ellen Page) é uma jovem de 16 anos que acidentalmente engravidou de Paulie Bleeker (Michael Cera), um grande amigo com quem transou apenas uma vez. Inicialmente ela decide fazer um aborto, mas ao chegar na clínica muda de idéia. Junto com sua amiga Leah (Olivia Thirlby) ela passa a procurar em jornais um casal a quem possa entregar o bebê assim que ele nascer, já que não se considera em condições de criá-lo. É assim que conhece Vanessa (Jennifer Garner) e Mark (Jason Bateman), um casal com boas condições financeiras que está disposto a bancar todas as despesas médicas de Juno, além de dar-lhe uma compensação financeira caso ela queira. Juno recusa o dinheiro para si, mas decide que Vanessa e Mark ficarão com seu filho.
Em primeiro lugar: essa trilha sonora não existe, de tão perfeita (e sim, é ela que eu estou ouvindo). Em segundo lugar: Uma coisa que definitivamente não existe em Juno é clichê. Agora, juntando os dois fatos, filme adolescente com ótima trilha sonora e sem clichês, não tinha como não dar em outra coisa se não um filme excelente.
O filme em si é uma garota de 16 anos que engravida indesejadamente, pensa em abortar, mas desiste, então resolve dar o filho para um adorável casal. O casal se separa, e ela tem o bebê, que fica com a mulher (Vanessa).
Mas é muito mais do que isso. Trata-se de um tema polêmico e difícil de lidar. Uma realidade que qualquer menina adolecente pode se encaixar, exceto pela naturalidade com que os pais recebem a notícia de sua gravidez. Geralmente a última reação de pais nesta situação é tranquilidade. Um ponto singular é que Juno não é rica, não é belíssima, usa roupas confortáveis, tem um pai casado com outra mulher, tem uma melhor amiga, um melhor amigo, que por um deslize é o pai de seu filho, e uma vida completamente normal.
Acho que nos desacostumamos com filmes adolescentes simples, e interessantes. Na verdade, o próprio soar de "filme adolescente" já traz aquela impressão de jovens querendo sexo, líderes de torcida, garanhões da escola, loiras populares que só gostam de pessoas do seu próprio grupo, etc. Juno foge de toda e qualquer babaquisse adolescente.
O seu ponto mais marcante é como ela lida friamente com o fato de estar esperando um bebê. Como disse, "é como estar doente". Uma forma muito única de tratar um assunto tão sério e que deixa muitas jovens mamães sem dormir durante dias.
Este com certeza é aquele tipo de filme que toda situação com que você se deparar vai lembrar alguma cena, alguma música, ou o jeito de alguém que estava nele. Seu ar de filme europeu e suas marcas registradas (como as cenas ou estações do ano, que aparecem escritas em formato de desenho) são realmente de encantar.
P.S.: Já falei que a trilha sonora é excelente?
Playing: Tire Swing - Kimya Dawson
# FILME: A mulher Invisível (Spoilers)
Pedro (Selton Mello) ainda acredita no conceito do casamento, enquanto que Carlos (Vladimir Brichta) não aceita a possibilidade de que um homem passe toda sua vida ao lado da mesma mulher. Os dois são colegas de trabalho em uma sala de controle de tráfego da prefeitura, onde podem bisbilhotar à vontade a vida das pessoas. Um dia Carlos fica preocupado com o amigo, devido ao estado depressivo dele ao ser abandonado por sua esposa, Marina (Maria Luísa Mendonça). O mesmo acontece com Vitória (Maria Manoella), vizinha de Pedro, que testemunha silenciosamente seu drama através de um buraco na parede. Até que subitamente alguém bate na porta de Pedro. Trata-se de Amanda (Luana Piovani), sua nova vizinha, que veio apenas lhe pedir açúcar. Com um jeito inocente e ao mesmo tempo sedutor, ela muda a vida de Pedro. Só que tem um problema: Amanda é invisível, sendo que apenas aqueles que a desejam muito consegue enxergá-la.
Infelizmente o brasileiro tá pegando a mania de estranhar quando assistem um filme nacional que o roteiro não seja a seca e a difícil vida no Nordeste ou a difícil vida na favela e a relação policial-bandido. Ou estranha mesmo quando assiste a um filme e se dá conta que não ouviu um barulho de tiro ou um palavrão. Enfim...assim somos nós.
A Mulher Invisível é um filme simples, porém com uma história um tanto peculiar.
Tem sacadas legais, há vários momentos em que o filme parece que vai terminar ali e continua. Merece seus devidos méritos, Selton Melo, claro. Além de ser um ótimo ator, ele consegue perfeitamente fazer as cenas em que está com Amanda, mas ela não aparece, como na cena da balada, ou do cinema. Também merece destaque, Fernanda Torres. Seu papel é bem minimalista, mas o diretor foi inteligente em colocá-la, pois mesmo fazendo poucas cenas, ela consegue dar um humor incontido nas cenas em que aparece. É como se as cenas em que ela aparece fosse um agrado ao espectador.
O desenrolar do filme é interessante. Pedro consegue tirar Amanda da mente e escreve um livro sobre o acontecido. Porém, Vitória, que ouvia sua vida pela parede do apartamento há 6 anos, aparece na vida dele exatamente como Amanda, e ele começa a achar que ela é invisível também. Então pede para Carlos checar se ela existe, mas ela já era alguém que Carlos admirava. Acontecem coisas, eles dois se enfrentam na frente dela e a obrigam a fazer a escolha, então ela vai embora e se muda de cidade. Três anos depois, Carlos, já casado encontra Pedro e lhe dá o endereço de Vitória (na qual ele publicou um livro com seu nome), ele vai e encontra o livro em sua mesa, e sim, tudo termina com um happy end.
E por fim, merecidamente o filme está concorrendo a um dos melhores filmes do Cinema Brasileiro 2010.
Playing: I'm Sticking With You - Velvet Undergound
sexta-feira, 16 de abril de 2010
#FILME: Antes só do que Mal Casado (Spoilers)
Eddie Cantrow (Ben Stiller) é um solteirão convicto, que jamais teve coragem de ter um relacionamento sério e duradouro. Isto muda quando ele conhece Lila (Malin Akerman), uma mulher sexy e aparentamente fabulosa. Pressionado por seu pai (Jerry Stiller) e Mac (Rob Corddry), seu melhor amigo, Eddie decide se casar com ela, mesmo conhecendo-a há apenas seis semanas. Porém, quando eles rumam para a lua-de-mel no México, Lila demonstra ser uma pessoa bem diferente da que Eddie conheceu, tornando-se uma mulher insuportável. Irritado com a transformação de sua esposa, Eddie conhece Miranda (Michelle Monaghan), uma jovem por quem se apaixona. Agora ele precisa encontrar um meio de manter Lila afastada, para que possa conquistar Miranda.
Por duas coisas eu nãoe esperava: Ben Stiler de cabelos grisalhos, que por sinal, lhe caiu muito bem, e sexo (quase) explícito.
O filme em si, sinceramente, não tem nada de especial. Recheado de clichês de comédia romântica, e totalmente previsível, porém com um final legal, em que ele larga a ex mulher, vai atrás de Miranda, mas ela já está casada, então ele, depois de 18 meses vai trabalhar na praia, e encontra Miranda, que voltava lá todo ano. Porém ele já estava novamente casado e ela divorciada. Por fim, contatamos que a situação se repete e tudo não passa de uma redundância.
Dá para rir bastante com certas situações criadas por Lila, como o fato de ela ter desvio de septo e sair suco por seu nariz. Sua trilha sonora também não deixa nada a desejar (e não estou falando porque toca "Under Pressure" do Queen), as músicas como um todo são boas. Porém, esse ponto positivo é desfalcado pelo excesso de palavrões no decorrer do filme.
Concluindo...só mais uma comédiazinha româtica.
Playing: It's my Life - Bon Jovi
#FILME: Clube da Luta (Spoilers)
Jack (Edward Norton) é um executivo yuppie, trabalha como investigador de seguros, mora confortavelmente, mas sua ansiedade o faz conviver com pessoas problemáticas como a viciada Marla Singer (Helena Bonham Carter) e a conhecer estranhos como Tyler Durden (Brad Pitt). Misterioso e cheio de ideias, Tyler apresenta para Jack um grupo secreto que se encontra para extravasar suas angústias e tensões através de violentos combates corporais.
Pois é...não é meu estilo preferido de filmes, mas já tinha ouvido falar muito de Clube da Luta, então fui ver se era tudo isso que as pessoas falam. Sim, é!
É daqueles tipos que começam com uma pequena parte do final. Logo, se torna o relato da vida de Jack, e o filme fica até gostoso de se assistir. Mas no decorrer, algumas cenas parecem confusas (ou eu que já estava com sono). No final, Jack descobre que Tyler era fruto de sua imaginação, e tudo o que supostamente Tyler tinha feito, foi ele mesmo quem fez. Jack se encontra em uma situação onde já não consegue mais se livrar de Tyler, então, vê como única opção, dar um tiro na boca (onde é a parte que mostra em primeira cena). E o filme termina com Jack e Singer que aparece no prédio em que ele está, e eles vêem o fruto que ele provocou achando que era Tyler (todos os prédios ao redor implodindo), ao som de "Where is my mind" do Pixies.
Repleto de sacadas inteligentes e belos efeitos especiais, Clube da Luta se torna um filme um tanto quanto angustiante, nos passando a impressão de que mais cedo ou mais tarde alguém vai morrer de tanto apanhar. Violência explícita é a essência do filme, onde dá até pra enjoar um pouco de ver todos do elenco (menos Singer) cuspindo dangue no chão!
Playing: Lá vou eu - Zélia Duncan
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Minha criação
Sim, acho que fiquei um pouco mais dramática depois desse dia...
Bom...a música (ou simplesmente poesia) é esta:
(Juliana A. M.)
Vi mais uma vez aquele filme
Que você dizia gostar
Mas agora que a nossa história acabou
Seu sentido também mudou
Tudo lembrava você
Do começo ao fim
Desde quando éramos grandes amigos
E íamos a qualquer lugar conversando
E rindo em um vagão de trem
Até o ponsot em que me desfiz
De cada presente
Para essa angústia em saber que você está ausente
Se dispersar
Quem dera eu, entrar naquele filme
Só para poder te apagar da minha memória
Mesmo que nossos bons capítulos
Também se percam
Mesmo que seja ruim a aflição
Se saber que quem já te amou
Está indo embora diante dos seus olhos
E se dar conta de que toda essa angústia
Foi você mesma quem provocou
Quem dera se esquecer fosse tão fácil
Quanto começar a gostar
De qualquer maneira, esta dor, dói menos
Pois fere a mente, e não ao coração
Abro os olhos e vejo que ainda estou na vida real
E que o tempo passou
E toda tentativa foi em vão
Mas se o tempo é aliado ao esquecimento
Por que não pode ser assim comigo?
O filme acaba e dá espaço à madrugada
Que com o seu silêncio, toma meus pensamentos frios
E eu venho a chorar
Chorar pela saudade da felicidade
Que foi abandonada
Meus sentimentos se fundem
E eu já não consigo mais distingui-los
Até quando irei gostar de você?
Até quando irei te odiar?
Antes que eu me desse conta, o nosso filme terminou
E de vestígio ficou o rancor e as lágrimas
Que caem sobre a cama que você deitou
Sinto falta da nossa trilha sonora
Acordes tocados em tardes de domingo
Sinto a dor tão dilacerante em saber
Que no meu próximo filme, você não estará mais comigo.
P.S.: Eh, não sei porquê eu não consegui mudar a cor da última linha! =)
Playing: Cry For The Moon - Epica
#FILME: Se Beber não Case (Spoilers)
Doug Billings (Justin Bartha) está prestes a se casar. Stu Price (Ed Helms), um dentista que planeja pedir a namorada em casamento, Phil Wenneck (Bradley Cooper), um professor colegial entediado com o matrimônio, e Alan Garner (Zach Galifianakis), seu futuro cunhado, são seus melhores amigos. O trio organiza uma festa de despedida de solteiro para Doug, levando-o para Las Vegas. Lá eles alugam uma suíte e têm uma noite de grande badalação. Na manhã seguinte os três acordam sem ter a menor idéia do que aconteceu na noite anterior. Eles sabem apenas que Stu perdeu um dente, há um tigre no banheiro, um bebê no closet e Doug simplesmente desapareceu. Para descobrir o que ocorreu, eles tentam juntar as memórias e reconstituir os eventos do dia anterior.
Sinceramente, pelos comentários que eu andei ouvindo, acho que eu até esperava mais do filme, mas mesmo assim, dá para rir muito com várias cenas, como quando o mais gordinho chuta o celular do menino na delegacia, e depois o mesmo menino tem a oportunidade de disparar um tiro de choque nele, ou quando os amigos estão esperando o sonífero fazer efeito no tigre, e Alan (se eu não me engano) senta no piano e começa a cantar uma baladinha "romântica" sobre o futuro deles e do tigre. Muito hilário!
Por fim, com muito custo, os amigos acham (o verdadeiro) Doug, que estava do terraço do prédio, e conseguem chegar em cima da hora no casamento. Depois da cerimônia, Alan acha a câmera deles que estava enfiada no banco do carro e diz que as fotos são assustadoras.
Os créditos, é um ponto muito alto no filme, pois mostram as fotos que eles tiraram na despedida de solteiro em Las Vegas, e sim, são realmente assustadoras, imorais e algumas de mal gosto, mas garante boas risadas.
Se Beber não Case é aquele tipo de filme, que no decorrer da história, os personagens vão ficando cada vez mais sem saída, se tornando assim, imprevisível para quem assiste. Abusivo de humor negro, (que dá uma certa personalidade para o filme), o filme ainda é um ótimo passatempo, gostoso de assitir e bom para dar boas risadas.
Playing: Don't Stop Believin' - Journey
terça-feira, 13 de abril de 2010
#FILME: Tempos de Paz (Spoilers)
18 de abril de 1945. Durante anos centenas de pessoas foram torturadas pelo regime de Getúlio Vargas mas, com a pressão externa decorrente do fim da 2ª Guerra Mundial, vários presos políticos ganharam a liberdade. Segismundo (Tony Ramos) é um ex-oficial da polícia política de Vargas que agora teme que suas vítimas resolvam se vingar. Ele trabalha como chefe da seção de imigração na Alfândega do Rio de Janeiro, tendo por função evitar a entrada de nazistas. Em uma averiguação habitual ele interroga Clausewitz (Dan Stulbach), um ex-ator polonês que, por recitar Carlos Drummond de Andrade, lhe foi enviado por um subalterno. Para convencer que não é nazista, Clausewitz precisa usar todo o seu talento como ator.
Esse é mais um daqueles filmes que tornam um momento crítico e dramático em mágico. É o famoso encanto onde ninguém enxerga. Tony Ramos sempre nos dando orgulho da atuação brasileira e Dan Stulbach em um papel até meio forçado à primeira vista, mas que depois é explicado pelo fato de o personagem ter trabalhado durante 10 anos encenando monólogos.
No começo do filme, até temos a falsa impressão de que vai acontecer muita coisa, vamos ouvir barulhos de tiros, ver gente morrendo, uma bela reviravolta, etc. Mas começamos a perceber que acontecerá o contrário. Será um filme monótono e cansativo. Pois bem, por fim nos damos conta de que é uma bela obra de arte, mesclando a genialidade do teatro com torturas lembradas por Segismundo, ou citações de Carlos Drumond de Andrade, com a maneira rude com que Clausewitz fora tratado, o confundindo com um nazista.
A parte interessante do filme, é a leveza e a beleza das palavras, quando na verdade, ninguém espera isso. Concordo com o fato de que a história ficaria mais bem adaptada em uma peça de teatro mesmo, mas de qualquer maneira, o diretor teve bom senso de não colocar duas horas de filme, uma vez que a maior parte é um diálogo entre Clausewitz e Segismundo.
Por final, Clausewitz consegue ficar no Brasil por uma parte da peça que ele encena, e se dá conta de que ele realmente nasceu para o teatro, já que por meio deste que ele conseguiu algo tão importante.
Belíssimo filme.
Playing: While my Guitar Gently Weeps
#FILME: Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (Spoilers)
Ahhh...não é a primeira vez que vejo esse filme, e nem foi ontem que assisti 9faz um tempinho já), mas ele tem marcado tanto essa fase que eu to vivendo, que eu decidi começar por ele!
Joel (Jim Carrey) e Clementine (Kate Winslet) formavam um casal que durante anos tentaram fazer com que o relacionamento entre ambos desse certo. Desiludida com o fracasso, Clementine decide esquecer Joel para sempre e, para tanto, aceita se submeter a um tratamento experimental, que retira de sua memória os momentos vividos com ele. Após saber de sua atitude Joel entra em depressão, frustrado por ainda estar apaixonado por alguém que quer esquecê-lo. Decidido a superar a questão, Joel também se submete ao tratamento experimental. Porém ele acaba desistindo de tentar esquecê-la e começa a encaixar Clementine em momentos de sua memória os quais ela não participa.
A única coisa em que eu conseguia pensar era em como eu também queria apagar pessoas da minha mente. Seria um belo alívio! Acho que até agora, um filme nunca tinha marcado tanto para mim como Brilho Eterno. Na primeira vez que assisti, achei um filme bonito, simplesmente. Na segunda (sim, pode contar o fato de eu já estar emocionalmente abalada), chorei o filme inteiro, claro, com pequenas pausas. Ele me fez lembrar muita coisa que eu já fiz, insipirada nele mesmo. Enfim...O filme é uma comédia dramática romântica, e se engana quem acha que é só mais um besteirolzinho com um casal que separa, se reencontra e vivem felizes para sempre. É um filme cheio de frustrações, desespero, por Joel ver que quem ele ama está sumindo da sua vida, e mesmo ele tentando desesperadamente fazê-la ficar, ele se sente impotente diante disso, porque é o tratamento médico que ele optou fazer. Assistindo o filme, você se coloca naquela situação, pensando: vale mesmo a pena abrir mão de lembrar dos momentos felizes que você teve com uma pessoa, só para que a dor de se lembrar dos tristes desapareça? O filme, a princípio parece ser um pouco confuso. É um pouco difícil assistir, tentando colocar os fatos de trás pra frente, mas é possível (e o cabelo da Clementine ajuda muito nesse ponto). O fim é dramático, pois eles descobrem que os dois fizeram o tratamento para um esquecer o outro. Mas eles já tinham se conhecido pela segunda vez.
Esse processo não é feito só por eles, e em ambos os casos, as pessoas esquecem, mas o destino faz elas se apaixonarem outra vez. Logo, um esquecimento forçado seria a melhor opção, sendo que o destino ainda pode ganhar?
Playing: Quando eu estiver cantando - Renato Russo
Geração 2010
Eu tenho um pouco de dó dos novos bebês por não aproveitarem tanta coisa "de criança" que eu pude aproveitar, no auge dos meus 4 ou 5 anos. E tenho dó da geração 90, incluindo eu, porque eu não aproveitei o que os anos 70/80 tinham para oferecer.
Vejamos, uma criança nasce no ano de 1970, assiste programas legais e desenhos compreensíveis na TV, na escola, ela sabe quem é o professor e faz seu papel de aluno, com medo de uma réguada na mão, brinca, se suja, cai, interage, aprende, mata a sua curiosidade sobre algo devorando os livros que tem, faz arte, conhece pessoas na escola, na rua, nos bailes da vida, namora, enfim...não se descabela porque esqueceu o celular em casa ou dá altos respiros de insatisfação por ter que levantar para mudar a TV de canal.
Nós, estamos aqui, condenados ao sedentarismo. Não, nós ainda sabemos o que é viver sem o mosntro tecnológico nos rodeando.
O que eu digo das próximas gerações, é que a criança mal nasce e já é enfiada em um mundo onde nada mais é manual. Em um mundo de robôs, touch screen, e mais e mais sensores.
Tá, não vou tão além assim.
Retomando: Não é assustador ver que uma criança de 6 anos sabe lidar com o seu celular mil vezes melhor que que você? Sim, também deve ser pra ela, ver o quanto a sociedade lhe cobra inteligência, mesmo que ela nem tenha se dado conta disso ainda!
Alguns anos atrás, a obrigação de quem nascia era estudar, respeitar os mais velhos, fazer o dever de casa, trabalhar, casar, etc...o básico. O que é necessário para se ter uma vida feliz.
Mas caímos na armadinha de uma época de pressão. Precisamos, por obrigação, ou querer dos pais estudar, saber infomática, inglês, espanhol, fazer um curso técnico, entrar em uma faculdade, seja ela paga ou não (lógico que aquela que dá mais trabalho pra entrar é mais bem vista aos olhos de todos, logo, terá mais valor), fazer graduação, mestrado, doutorado pra podermos nos destacar dos outros, e de alguma forma, ter a esperança de ficar mais rico.
Se não concluirmos essas coisas, vamos nos sentir pressionados pela nossa própria geração por estar seguindo esse padrão de vida, e sim, vamos nos sentir pessoas atrasadas, que perderam tempo!
Ah, acho que o mundo tá ficando sem sentido, isso sim!!!